Como Lutar Contra o Pecado do Orgulho, Especialmente Quando Você É Elogiado

Dez coisas que eu faço

Article by

Founder & Teacher, Desiring God

9 de novembro de 2004

Eu trago a memória que não sou auto-existente, somente o Deus Trino é. Somente Deus é absoluto, mas eu sou contingente. Eu me lembro de que sou completamente dependente de Deus para a minha origem e para a minha existência no presente e no futuro. Eu trago isto a mente e reflito nessa verdade.

Eu lembro que sou por natureza um pecador depravado e que, em todo o meu pecado, tenho tratado Deus com desprezo, preferindo outras coisas a Sua glória. Eu avalio que nunca fiz uma boa obra da qual não precise me arrepender. Cada uma de minhas ações é falha porque a perfeição é mandatória. Então eu percebo que Deus não me deve nada além de dor nessa vida e na próxima.

Eu reflito que a minha condição é tão desesperadora que só poderia ser remediada pela morte horrível do Filho de Deus, para suportar o meu castigo e me fornecer justiça. E eu me regozijo no perdão e justiça que são meus em Cristo.

Eu medito nas escrituras que dizem: “Revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes'. 'Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte." (1 Pedro 5:5-6; veja Tiago 4:6-10). E "aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande" (Lucas 9:48; Marcos 9:35 e Mateus 20:26).

Eu oro para que os olhos do meu coração vejam essas verdades bíblicas pelo que elas realmente são.

Eu peço a Deus que me faça não somente ver essas verdades, mas também senti-las com um senso de mansidão, humildade e quebrantamento que corresponde ao verdadeiro peso que elas têm.

Eu renuncio desejos por louvor, fama e estima quando os vejo se levantando. Eu digo: "Não! No nome de Jesus saia da minha cabeça!" E eu volto a minha mente em oração para a beleza, verdade e dignidade de Cristo.

Eu tento receber todo criticismo - de amigo ou inimigo - com a suposição de que existe pelo menos alguma verdade da qual eu possa me beneficiar. "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." (Tiago 1:19)

Eu luto para cultivar a alegria em Cristo e a sua sabedoria, poder, justiça e amor que trazem mais satisfação do que os prazeres do louvor humano, sendo o meu objetivo que, pelo Espírito, me seja concedido o milagre do auto-esquecimento na admiração de Cristo e no amor as pessoas.

Finalmente, eu frequentemente me dirijo a escritores mais antigos que conheceram Deus profundamente, o que a maioria de nós, pessoas modernas, parece incapaz de fazer. Eu me dirijo, por exemplo, a Jonathan Edwards, de quem as descrições de humildade despertam os mais profundos anseios em mim, como por exemplo, quando ele escreveu a Sra. Peperell sobre Cristo em 28 de novembro de 1751:

Ele é de fato dotado de infinita majestade, para nos inspirar com reverência e adoração; porém essa majestadade não precisa nos amedrontar, pois a vemos combinada com humildade, mansidão e doce condescendência. Podemos sentir a mais profunda reverência e auto-humilhação e ainda ter nossos corações atraídos doce e poderosamente a uma intimidade mais livre, confidencial e agradável. O medo, tão naturalmente inspirado por sua grandeza, é dissipado pela contemplação da sua suavidade e humildade, enquanto a familiaridade, que poderia surgir apenas dessa visão de beleza do seu caráter, nunca é impedida pela consciência da sua infinita majestade e glória. A visão de todas as suas perfeições unidas nos enche com uma doce admiração, humilde confiança, com amor reverencial e agradável adoração.  (Works, Vol. 1 (Edinburgh: Banner of Truth), p. cxxxix)

Desejoso por me esquecer, valorizar Cristo e amar você,

Pastor John